quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prêmio Nobel de Física


Uma revolução que só foi possível por causa de dois homens. Em 1969, Willard Boyle e George Smith, inventaram o CCD - Sensor de Imagens - que funciona como um olho eletrônico para as câmeras digitais.

O mecanismo é acionado quando a lente capta a luz. Os sinais luminosos entram no sensor que tem milhares de células fotossensíveis, os pixels das nossas câmeras. Por isso, quanto mais pixels, melhor a qualidade da imagem, melhor é a captação.

O sensor CCD está conectado a um circuito eletrônico que leva o sinal de cada pixel para o processador da câmera. É esse processador que transforma os sinais em imagem digital.

A invenção permitiu fotografar o espaço e mandar fotos de Marte para a Terra e rendeu as dois o Prêmio Nobel de Física de 2009. "Se não fosse esses grandes físicos, grandes pesquisadores, hoje, possivelmente, a gente não teria nem um quinto, um milionésimo que a gente tem na nossa mão atualmente", acredita a doutora em física da PUC-SP, Maria Almeida Cavalcante.

Terceiro vencedor
O terceiro vencedor do Nobel de Física é um chinês naturalizado americano que ajudou a desenvolver um método de transmissão de informações sem o qual o mundo moderno já nem funciona: a fibra ótica.

A repórter da TV Globo está na redação, em Nova York, diante de uma câmera. A sua imagem viaja quase oito mil quilômetros por uma rede de fios até o Brasil. Estes fios são compostos de fibra ótica.

Foi o físico Charles Kao quem ajudou a desenvolver a tecnologia que permite a transmissão de imagem, som e dados através da fibra ótica. Em 1966, quando Kao fez o estudo, as fibras óticas de vidro já existiam, mas só eram capazes de transmitir a uma distância de cerca de 20 metros.

Os estudos de Kao permitiram o desenvolvimento da fibra ótica mais transparente, feita com vidro puro, com capacidade de conduzir a luz por longas distâncias.

Fibras óticas de vidro compõem um grande sistema circulatório da comunicação no mundo. As redes já instaladas são suficientes para dar a volta no planeta mais de 25 mil vezes.

Segundo a academia sueca, Charles Kao, de 75 anos, não chegou a patentear a descoberta. Mas felizmente ganhou o maior reconhecimento que um cientista pode receber: o Prêmio Nobel.
Premio

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